Guia de Profissões

Engenharia de Energia

A habilitação prepara o profissional para lidar com todos os tipo de energia

O momento de ascensão pelo qual passa a economia brasileira traz como conseqüência o crescimento de novas tecnologias de produção de energia, como é o caso dos investimentos do governo na área de biocombustíveis. Sem contar, é claro, com a caça incessante por novas reservas de petróleo no país. Isso levando em conta ainda as implicações diretas deste processo para o aumento da devastação ambiental.

Todos esses fatores foram fundamentais para a criação de um novo ramo de ensino responsável por formar profissionais habilitados para desenvolver sistemas eficazes de geração de energia, que aliam crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Trata-se da Engenharia de Energia, graduação ainda recente no país, mas com grandes perspectivas de crescimento.

O egresso deste curso estará preparado para lidar com todas as formas de energias, sejam elas renováveis, como a hídrica, eólica e a solar, ou não renováveis, no caso do petróleo, carvão e material radiativo. O engenheiro de energia planeja todas as etapas de utilização da energia, desde o desenvolvimento do melhor sistema até a distribuição.

O profissional pode atuar na administração pública, avaliando as necessidades da região com o intuito de encontrar soluções econômica e socialmente viáveis, criadas de forma sustentável para diminuir ao máximo as agressões ao meio ambiente. Cabe também ao engenheiro de Energia coordenar programas de contenção e uso racional das fontes energéticas.

O setor industrial é o que mais oferece oportunidades de trabalho para esses novos engenheiros. Por isso, os estados com economias baseadas no segundo setor são os mais fortes do ramo, como é o caso da Região Sudeste. Os grandes investimentos em usinas de biodiesel no país também são campos fortes de atuação.

Curso

Na faculdade, o estudante terá contato com as disciplinas básicas da Engenharia, como Matemática, Física, Informática e Economia. Na parte específica, o curso aborda as áreas como eletricidade, combustíveis, potenciais hidráulicos, energia solar, térmica, nuclear e eólica. Os alunos estudam também a legislação e as normas que regulam o setor





Engenharia Industrial Madeireira

Este profissional deve cuidar do desenvolvimento de recursos naturais

Não, este curso não forma marceneiros, e sim um profissional que está sendo cada vez mais requisitado no mercado. A idéia do tema da carreira surgiu a partir de uma disciplina ministrada em Engenharia Florestal, que com uma demanda crescente de maior especialização no assunto foi possível criar uma faculdade independente.

O Brasil tem uma das maiores reservas de madeira do mundo e saber como aliar o desenvolvimento social e econômico respeitando o equilíbrio com o meio ambiente já é motivo suficiente para convencer da importância dessa formação acadêmica. O setor madeireiro e sua cadeia produtiva crescem em níveis nunca antes vistos nas regiões sul, centro-oeste e norte, empregando 9% da população economicamente ativa.

O engenheiro industrial madeireiro trabalha dentro da indústria, de forma a otimizar o processamento da matéria-prima, preocupando-se em aplicar inovações tecnológicas conscientes de modo a não extinguir os recursos naturais. Para isso, o curso se propõe a formar um profissional com domínio na utilização de tecnologia de processamento de produtos florestais.

A faculdade tem duração de 5 anos e sua primeira turma formou-se em 1999 e, segundos dados das universidades, ninguém está fora do mercado. Mais uma prova de que o investimento nessa carreira é promissor e fará a diferença nessa nova etapa mundial de preocupação com o futuro ecológico do planeta.

O profissional formado poderá:

- Atuar em segmentos industriais privados, em nível técnico de responsabilidade;
- Administrar finanças e automação de processos;
- Utilizar técnicas de processamento mecânico de madeira;
- Criar gestão para produção de celulose e papel, indústria de móveis, energia de biomassa, indústria química de tratamento da madeira e
- Atuar no setor público, em institutos de pesquisa e universidades.

As principais matérias vistas ao longo do curso são física, química, mecânica, estatística, anatomia da madeira, termodinâmica, eletrotécnica e energia de biomassa.






Gerontologia

Gerontologia é a promoção da qualidade de vida no envelhecer

Antes de conhecer as atividades deste profissional do futuro é preciso entender a diferença entre Gerontologia e Geriatria. Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento do ser humano e as formas de promover uma melhor qualidade de vida. Geriatria é a área médica que estuda e trata das doenças típicas das pessoas idosas.

As pessoas com mais de 60 anos de idade atualmente constituem 10% da população brasileira, com tendência a aumentar gradativamente, pois a expectativa de vida desta parte da sociedade vem melhorando todos os anos. O objetivo desse curso é formar profissionais que possam ajudar a melhorar a qualidade de vida dos idosos nos aspectos emocional, físico e social.

Os gerontólogos podem criar e implementar projetos que promovam o bem-estar da população idosa, trabalhando em órgãos públicos na área de assistência social. Este profissional está apto a assistir pessoas de 3ª idade, atuando contra o preconceito e estimulando-as a desenvolver atividades que lhes causem prazer e inserção social.

Grupos específicos como moradores de rua, idosos abandonados pelas famílias, imigrantes e portadores de necessidades especiais podem ser o foco do trabalho do gerontólogo. Hospitais, clínicas especializadas, ambulatórios, centros de saúde e convivência, organizações não-governamentais e casas de família são alguns dos locais onde sua assistência é mais requisitada.

Esse profissional também pode lecionar em cursos específicos de tratamento e cuidado de idosos. As regiões Sul e Sudeste são as que concentram a maior população de pessoas com mais de 60 anos de idade.

O curso de Gerontologia ainda é muito novo e forma sua primeira turma ainda no final de 2008 pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente a expectativa de vida do brasileiro é de 72 anos, segundo o IBGE. Este é um fato que vai abrir ainda mais as portas para este mercado de trabalho. A previsão de salário inicial é de R$ 1.500.

Na faculdade, os estudantes verão matérias como psicologia, epidemiologia, bioestatística, biologia do envelhecimento, alimentação e nutrição, ciclo da vida, sociedade, meio ambiente e cidadania, aspectos sócio-culturais do envelhecimento, processos patológicos no envelhecimento, odontogerontologia e lazer ao envelhecer.







Produção de Música Eletrônica

Além de estilo, a música eletrônica é agora uma profissão

Totalmente absorvida pelos vários públicos e gostos, a música eletrônica é conhecida pela utilização de diversos equipamentos e instrumentos para sua modificação, o que a diferencia dos demais estilos. Apesar do seu aspecto contemporâneo, o estilo começou a ganhar os atuais moldes no início do século passado, com a popularização dos primeiros aparelhos de captação de som, como o fonógrafo.

Diante do grande aparato tecnológico disponível atualmente, os amantes da música eletrônica ganharam novos espaços de atuação e, com criatividade e talento, podem se dar bem na profissão de DJ. Uma graduação tecnológica, ainda recente no mercado, pode ser um diferencial a mais para quem vê no estilo uma profissão.

O curso de Produção de Música Eletrônica já existe em outros países, como na Espanha, onde é oferecido pela Universidade Laureate. A idéia de criar uma graduação específica para a área chegou ao Brasil quando a Universidade Anhembi Morumbi se filiou à rede internacional daquela instituição. O curso foi então implantado em 2006.

De acordo com o coordenador do curso, Leonardo Vergueiro, a universidade percebeu que existia um espaço para a criação da nova área de ensino, já que nosso país é amplamente rico em gêneros musicais. “Ser DJ e produtor de música eletrônica é o sonho de muitas pessoas e ainda não havia uma graduação que possibilitasse a formação completa desse tipo de profissionais”, ressalta o coordenador.

Por se tratar de um país apaixonado por música, o mercado de trabalho é amplo e em ascensão. Além da possibilidade de apresentar como DJ e produtor de música eletrônica para pista de dança em eventos, raves, casas noturnas, entre outros, o profissional pode abrir empresa própria e produzir arranjos, realizar gravações, mixagens e masterizações para músicos e cantores, sonorizar e criar trilhas para filmes, desfiles de moda, websites, etc.

E não é só isso. “O profissional pode trabalhar em emissoras de TV e rádio, produtoras de eventos, produtoras e estúdios de áudio que prestam serviços para os mercados publicitário e cinematográfico”, revela Leonardo. Outro meio que precisa de DJs e produtores são as empresas que fabricam softwares e equipamentos para esses profissionais.

Curso

Com duração de dois anos, o curso prepara o futuro DJ para lidar com as diversas possibilidades de mercado por meio de disciplinas teóricas e práticas. História da Música Eletrônica, Percepção Musical, Linguagem da Música Eletrônica e Teoria de Áudio e Acústica são alguns focos que levam o aluno a trilhar seu caminho na área.

Nos últimos dois períodos de graduação o estudante terá contato maior com a prática, pois estudará Técnicas de Sonorização de Imagens, Masterização e Remixagem. Todas essas matérias são aplicadas por professores que atuam profissionalmente como DJs, produtores de música eletrônica, produtores musicais, historiadores e pesquisadores, músicos compositores.

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