Muita gente hospeda o vírus do herpes e nem imagina. Na maior quietude, ele se aloja no organismo e, diante de um baque no sistema imune, aproveita para dar as caras, principalmente na estação do calor
Grande parte das pessoas contrai o micróbio na infância, por meio do contato com gotículas de saliva — haja beijocas de tios, tias... — ou brinquedos contaminados. Já na idade adulta, a transmissão costuma se dar, por assim dizer, boca a boca. A moçada que se orgulha de contabilizar o número de beijos ao final da balada tem aí um motivo para moderar na empolgação. Uma vez infectado, cada um depende da capacidade de seu organismo de reagir ao vírus. “Algumas pessoas nunca apresentam crises. Outras passam por apenas uma ocorrência. Na pior das hipóteses, o indivíduo infectado começa a sofrer de manifestações recorrentes”, explica o infectologista Gilberto Turcato, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Esse último caso requer cuidados especiais.
A má notícia é que, em quaisquer dessas condições, não dá para se livrar do vírus: o hospedeiro terá que conviver com ele para o resto da vida. O pior de tudo é que, além do desconforto que o enxerido provoca, ele não é tão inofensivo quanto parece. “Em situações mais raras, o herpes ataca o cérebro, provocando meningite, ou os olhos, levando à cegueira”, alerta o infectologista Davi Uip, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Sem contar que um estudo novíssimo acaba de associar a presença do vírus no corpo à ocorrência do mal de Alzheimer.
O herpes está na boca do povo
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